deu na folha de s.paulo
Anatel proíbe Telefônica de vender Speedy
Após sucessivas falhas do serviço de acesso à internet, agência decide forçar operadora a comprovar qualidade do serviço
Multa estipulada em caso de descumprimento será de R$ 15 milhões e de R$ 1.000 por unidade do Speedy vendida durante a proibição
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) publica na segunda-feira no "Diário Oficial" da União um despacho em que proíbe a Telefônica de vender o Speedy, produto de acesso à internet em banda larga, até que a operadora implemente medidas que assegurem a qualidade do serviço. A agência só vai liberar o Speedy quando a Telefônica comprovar que as medidas impedirão novos colapsos.
Caso a operadora descumpra qualquer item do despacho, será multada em R$ 15 milhões. Além disso, a agência fixa também um valor (R$ 1.000) para cada unidade do Speedy vendida e habilitada durante a vigência da proibição.
A agência também determinou que a operadora informe os clientes, com a seguinte mensagem, que o produto está suspenso: "Em razão da instabilidade da rede de suporte Speedy, a Anatel determinou a suspensão, temporariamente, da sua comercialização".
O prazo dependerá da agilidade da Telefônica em apresentar à agência um plano que garanta a estabilidade, mas a agência prevê 30 dias. A suspensão se deve à sucessão de falhas no serviço ocorridas nos últimos 12 meses.
A Anatel afirmou ontem à Folha que instaurou cinco Pados (Processos Administrativos por Descumprimento de Obrigações) por conta da interrupção do Speedy ocorrida nos dias 2 e 3 de julho de 2008.
Dois deles são contra a Telefônica, um contra a UL do Brasil Certificações, que fez a checagem dos equipamentos usados na rede da Telefônica, outro contra o laboratório NMI Brasil Ltda, e, por último, contra a Huawei do Brasil Ltda, fabricante dos equipamentos.
Há ainda um novo Pado contra a Telefônica por uma sucessão de episódios que levaram o Speedy a falhas neste ano. Eles começam em 25 de fevereiro, com um incêndio nas instalações da companhia em Barueri. Assinante do jornal leia mais em: Anatel proíbe Telefônica de vender Speedy