segunda-feira, 30 de junho de 2014

A MÚSICA DE LOBÃO PARA A LISTA NEGRA DE JORNALISTAS CRIADA PELO PT.

Este é um blog sobre música feita com  participação substancial da guitarra.
Não gosto de misturar isso com politica e afins mas, pelo que tem acontecido ultimamente, não há como ficar alheio.
Desde crimes até as tentativas de solaparem a democracia, os absurdos que acontecem no dia a dia do Brasil espantam pela falta de vergonha. Estivéssemos num país sério e este governo, que tem a Papuda como sua casa de verão, já teria sido apeado do poder.
Reproduzo uma noticia que li no site de Reinaldo Azevedo, jornalista que é odiado pelos petistas mas que não é confrontado intelectualmente.

EM PRIMEIRA MÃO: A MÚSICA DE LOBÃO PARA A LISTA NEGRA DE JORNALISTAS CRIADA PELO PT. DIVULGUEM!

      
O cantor, compositor e colunista Lobão: retrato de um tempo numa canção
O cantor, compositor e colunista Lobão: retrato de um tempo numa canção
 
Vamos lá. O cantor e compositor Lobão, também colunista da VEJA, é um dos nove “malditos” que foram parar na lista negra do PT, assinada por Alberto Cantalice, vice-presidente do partido, divulgada no site oficial da legenda e propagada pelos blogs sujos, financiados por estatais. É a verticalização da infâmia, que os fascistoides costumam promover quando chegam ao poder: o estado, o partido e as milícias atuam como ordem unida. Só para lembrar: os outros oito da lista somos eu, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Demétrio Magnoli, Arnaldo Jabor, Guilherme Fiuza, Marcelo Madureira e Danilo Gentilli. Essa é apenas a fornada inicial do nacional-socialismo petista. Se o partido vencer a eleição, certamente a lista será ampliada. A “Repórteres Sem Fronteiras”, a mais importante entidade internacional de defesa da independência jornalística, expressou o seu repúdio. Janio de Freitas, por sua vez, preferiu repudiar a… “Repórteres Sem Fronteiras”. Entenderam?
Adiante! Lobão fez uma música retratando, digamos assim, a alma profunda dos “companheiros” e evidenciando o espírito destes tempos. Chama-se “A Marcha dos Infames”. Ouçam e divulguem. Na sequência, publico a letra e um breve comentário a respeito.
 
 


A MARCHA DOS INFAMES

Aqueles que não são
E que jamais serão
Abusam do Poder,
Demência e obsessão.

Insistem em atacar
Com as chagas abertas do rancor,
E aos incautos fazer crer
Que seu ódio no peito é amor

Tanto martírio em vão,
Estupro da nação,
Até quando esse sonho ruim,
esse pesadelo sem fim?

Apedrejando irmãos
E os que não são iguais,
A destruição é a fé,
E a morte e a vida, banais.

E um céu sem esperança,
A Infâmia cobriu,
Com o manto da ignorância,
O desastre que nos pariu.

E o sangue dos ladrões
De outros carnavais
Na veia de vilões,
tratados como heróis.

E até quando ouvir
Cretinos e boçais
Mentir, mentir, mentir,
Eternamente mentir?

Mas o dia chegará
Em que o chão da Pátria irá tremer,
E o que não é não mais será
Em nome do povo, o Poder.

Retomo

Adequando o comentário a estes dias, gol de placa de Lobão, na letra e na melodia! Reparem que o autor recorre a uma marcha propriamente, de caráter marcial mesmo, evidenciando o espírito da soldadesca sem uniforme do petismo — afinal, essa gente é uniformizada por dentro, não é mesmo?
Na letra — que, é claro!, faz uma denúncia da maior gravidade —, Lobão apela a um tom a um só tempo grandiloquente e meio farsesco, como a evidenciar a truculência cafona e vigarista dos fascistoides de plantão.
 
Há dois trechos que chamam particularmente a minha atenção:


E o sangue dos ladrões
De outros carnavais
Na veia de vilões,
tratados como heróis.

Na mosca! O poder, hoje, no Brasil mistura o sangue do velho patriomonialismo — que forjou ao menos uns dois séculos de atraso — com o do novo patrimonialismo, que pretende liderar o atraso dos séculos vindouros. E gosto particularmente da última estrofe:

Mas o dia chegaráEm que o chão da Pátria irá tremer,E O-QUE-NÃO-É não mais seráEm nome do povo, o Poder.
 
Tomei a liberdade de escrever em maiúsculas e usando hífen “O-QUE-NÃO-É”. É preciso que se entendam essas palavras como uma unidade semântica para que se perceba o seu caráter de sujeito do verbo “será”. “O-QUE-NÃO-É” dispensa predicativos; trata-se do falso, do engodo, da trapaça histórica, da vigarice, da mentira em si.
Divulguem por todos os meios a música de Lobão. Aí está o retrato de uma era. É uma canção de protesto destes tempos. Afinal, os “protestadores” de carteirinha do passado — Chico & Seus Miquinhos Amestrados” — estão calados diante de listas negras. Eles criavam metáforas contra a ditadura militar no passado não porque fossem, por princípio, contra ditaduras e perseguições. Opunham-se àquela ditadura em particular, mas não a outras. E julgavam que o regime não podia perseguir “as pessoas erradas”. Quando persegue “as certas”, tudo bem!
Não por acaso, nunca se opuseram a ditadura cubana. No fim das contas, foi Cuba que os pariu. A música de Lobão expõe farsantes do presente e do passado.
 
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sete episódios infames desmoralizam a ladainha da seita que louva a hipocrisia

Sete episódios infames desmoralizam a ladainha da seita que louva a hipocrisia

Do blog de Augusto Nunes

As oitavas de final já vão chegando, mas o time do Planalto continua tentando prorrogar o jogo de abertura da Copa, que terminou com a vitória do Brasil sobre a Croácia e a goleada sonora imposta a Dilma Rousseff pela multidão cansada de vigarices e bandalheiras protagonizadas pela seita lulopetista. Lula cobra dos adversários gestos de subserviência explícita à mãe e avó constrangida por xingamentos. Rui Falcão exige que os candidatos oposicionistas condenem (e com veemência) o comportamento dos 50 mil brasileiros que recomendaram à chefe de governo, em coro, o que todas as torcidas, em todos os estádios, invariavelmente ordenam ao juiz ou ao bandeirinha.
Haja hipocrisia, grita o calendário da infâmia resumido neste post. Pinçados no vastíssimo acervo de violências liberticidas acumuladas pelo PT desde o dia do nascimento, sete episódios bastam para escancarar o farisaísmo das carpideiras do Itaquerão. Por achar que os fins justificam os meios, o bando no poder age há 13 anos como se tudo fosse permitido. Só é proibido alvejar com nomes feios a candidata em queda nas pesquisas e abandonada por antigos aliados, ressalva o mestre e repetem os coroinhas de missa negra. A ladainha é desmoralizada pela amostra exibida a seguir:
MAIO DE 2000Sem perceber que os microfones estavam ligados, Lula se preparava para gravar a declaração de apoio a Fernando Marroni, candidato do PT a prefeito de Pelotas, quando qualificou a cidade gaúcha de “pólo exportador de veados”. Nunca se desculpou pela afronta. O partido não viu nada de mais no deboche homofóbico.

MAIO DE 2000Ao discursar para a tropa companheira, o deputado federal José Dirceu afirmou que os adversários políticos mereciam “apanhar nas ruas e nas urnas”. Dias depois da instrução expedida pelo presidente do PT, milicianos destacados para agitar a greve dos professores agrediram fisicamente o governador Mário Covas, já debilitado pelo câncer. Dirceu desmente ter dito o que disse no vídeo. Lula criticou Covas por ter aparecido no portão de um prédio público. O PT não viu nada de mais no monumento à violência.

JUNHO DE 2007Alguns jornalistas perguntaram a Marta Suplicy, à época acampada no Ministério do Turismo, se tinha algum conselho a oferecer aos milhares de passageiros atormentados pelo colapso da aviação civil. “Relaxa e goza”, sugeriu a companheira. Marta diria depois que “estava brincando” com os flagelados dos aeroportos. O PT não viu nada de mais no surto de humor da sexóloga em recesso.

JULHO DE 2007Ao lado de um assessor, em sua sala no Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia soube pelo Jornal Nacional que a explosão do avião da TAM que matou 199 pessoas no aeroporto de Congonhas fora provocada por problemas mecânicos. O chanceler para assuntos cucarachas comemorou a notícia, que isentava o governo de culpas, com um obsceno toptoptop filmado por um cinegrafista. Garcia não pediu desculpas sequer aos parentes dos mortos. O PT não viu nada de mais no espetáculo da boçalidade.

FEVEREIRO DE 2013Numa livraria em São Paulo, onde faria uma palestra seguida de uma sessão de autógrafos, a jornalista cubana Yoani Sánchez foi sitiada por manifestantes que, berrando insultos, cassaram o direito de expressão da mulher que se opõe à ditadura comunista. O evento foi cancelado pelos organizadores. O PT não viu nada de mais na agressão liberticida.

FEVEREIRO DE 2014O companheiro paranaense André Vargas, vice-presidente da Câmara, aproveitou a abertura do ano legislativo para insultar o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal. Durante a cerimônia, o relator do processo do mensalão teve de ignorar as provocações do parlamentar a seu lado, que erguia o punho cerrado para solidarizar-se publicamente com os quadrilheiros engaiolados na Papuda. O PT não viu nada demais na ofensa intolerável ao chefe do Poder Judiciário. Vargas só foi expulso depois que a Polícia Federal descobriu os laços repulsivos que o vinculam à lavanderia de dólares do bandido Alberto Yousseff.

ABRIL DE 2014Escoltado por duas militantes, Rodrigo Grassi, assessor parlamentar da deputada companheira Érika Kokay, perseguiu Joaquim Barbosa numa avenida em Brasília, berrando termos ofensivos ao ministro do STF e palavras de ordem simpáticas aos quadrilheiros do mensalão. As imagens foram gravadas pelos próprios agressores. Pressionada pelo Brasil decente, a deputada teve de livrar-se do delinquente que sustentava. O PT achou muito compreensível a missão cumprida por Grassi.

Num comentário enviado à coluna, meu velho amigo Gonçalo Osório precisou de poucas linhas para desmontar a ópera dos farsantes. “O primeiro a insultar a instituição da Presidência da República foi Lula. E o PT é o responsável pelo constante desrespeito a normas jurídicas, a decisões judiciais, ao mínimo decoro, à ordem, à ética e ao respeito que deve haver entre adversários políticos. O lulopetismo fez o que pôde para criar no Brasil antagonismos de classe, de raça, de religião, de ideologia. O que Dilma ouviu no Itaquerão é apenas consequência”.
Assustados com a paisagem eleitoral cada vez mais perturbadora para o poste do Planalto, os semeadores de ódios fantasiar-se de apóstolos da paz. São tão convincentes quanto um dono de bordel indignado com a filha do vizinho que usa saias dois centímetros acima dos joelhos.